Antes de mais nada, sabe o que são aqueles números na tampa do porta-malas? Seja 1.0, 1.6 ou 2.0, as nomenclaturas dadas aos motores levam em conta a capacidade cúbica do motor considerando a soma dos cilindros, logo se o motor tem 4 cilindros de 249 cm³ sua capacidade cúbica é de 4x249 ou 996 cm³ aproximadamente 1,0 litro, daí 1.0.
Tradicionalmente no Brasil as montadoras utilizavam motores com litragem 1,0 l; 1,4 l; 1,6 l e 2,0 l todos com quatro cilindros, mas este costume exigia das montadoras gasto para produzir ao menos 3 ou 4 cilindros diferentes. Com toda crise econômica vêm juntas inovações tecnológicas que visam reduzir o custo de produção, e nesse caso não é diferente. As novas regras de redução de consumo de combustíveis no Brasil obrigaram as montadoras a optarem por motores de 3 cilindros, mais econômicos que os de 4 cilindros, logo se vê a seguinte oportunidade: se um motor com litragem 1.0 tem três cilindros de 333 cm³ pode-se então produzir um motor de 4 cilindros com com litragem 1.3 aproveitando o mesmo cilindro, vejamos 4x333 é igual a 1332 cm³, da mesma forma que com um cilindro de 499 cm³ é possível produzir um motor 1.5 com 3 cilindros e um 2.0 com 4 cilncilin e até mesmo um 3.0 de 6 cilindros.
Visando a redução de custos as montadoras passam a utilizar 2 ao invés de 4 ou até 5 modelos de cilindros diferentes, logo os motores 1.3 e 1.5 substituem os tradicionais 1.4 e 1.6, uma curiosidade é que nesse novo padrão um motor menor (1.3) poderá ter um cilindro a mais que um motor maior (1.5).
Mas como toda regra tem sua exceção, o grupo PSA Peugeot - Citroen, deve continuar a produzir motores com litragem 1.6, mas não foge da onda e produz um 1.2 de três cilindros.
Algumas moradoras que já adotaram o novo padrão:
Fiat: 1.0 e 1.3 Firefly (Argo, Cronus, Mobi, Uno)
Grupo Renault-Nissan e Mercedes-Benz: 1.0 SCe (Kwid, Sandero e Logan); 1.3 TCe já está no novo Classe A, por aqui deve estrear no Duster e equipar também o Sandero RS.
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